Imagens se sobrepõe em minha mente. Ações se sucedem cada vez mais rápido. Não consigo pensar, decidir, só consigo viver!
Torço para que os novos dias cheguem rápido mas para que tanta rapidez, quando podemos contemplar o mundo de maneira calma???
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
Viver
Depois de um tempo distante de tantas coisas e sensações, resolvi escrever. Trago boas novas, a mudança começa acontecer e me sinto feliz por tudo o que promete acontecer.
A gente espera tanta coisa da vida, de nós mesmos, dos outros, dos acontecimentos e quando tudo começa a acontecer dá uma sensação que parece um sonho, um filme. Hoje sinto como se estivesse assistindo a minha vida e não a reconhecesse e não fizesse parte dela, isso é muito louco, mas é bom de ser experimentado. Não gosto da idéia de viver todos os dias a mesma coisa, de viver todos os dias da mesma forma. Me interessa muito mais a surpresa, o inusitado, mesmo às vezes pagando um preço alto por isso.
O que posso dizer é que hoje me sinto feliz, mais leve, mais confiante e com mais vontade de viver. Vislumbro o futuro, apesar de às vezes achar que ele não existe, de preferir viver apenas o presente e nada mais.
Ainda estou um pouco confusa, com algumas coisas que me aconteceram, mas sei que isso também é importante para viver mais e viver melhor, excluindo o que não me faz bem.
É isso, a vontade de escrever está passando porque muitas coisas que gostaria de colocar no texto não são convenientes. Me veio uma pergunta na cabeça, sobre o que não seria conveniente colocar no meu próprio blog, estranho eu mesma me censurar, mas são as esquisitices que transformam o normal em algo mais digesto.
Viver e nada mais, é apenas isso que desejo e faço hoje.
A gente espera tanta coisa da vida, de nós mesmos, dos outros, dos acontecimentos e quando tudo começa a acontecer dá uma sensação que parece um sonho, um filme. Hoje sinto como se estivesse assistindo a minha vida e não a reconhecesse e não fizesse parte dela, isso é muito louco, mas é bom de ser experimentado. Não gosto da idéia de viver todos os dias a mesma coisa, de viver todos os dias da mesma forma. Me interessa muito mais a surpresa, o inusitado, mesmo às vezes pagando um preço alto por isso.
O que posso dizer é que hoje me sinto feliz, mais leve, mais confiante e com mais vontade de viver. Vislumbro o futuro, apesar de às vezes achar que ele não existe, de preferir viver apenas o presente e nada mais.
Ainda estou um pouco confusa, com algumas coisas que me aconteceram, mas sei que isso também é importante para viver mais e viver melhor, excluindo o que não me faz bem.
É isso, a vontade de escrever está passando porque muitas coisas que gostaria de colocar no texto não são convenientes. Me veio uma pergunta na cabeça, sobre o que não seria conveniente colocar no meu próprio blog, estranho eu mesma me censurar, mas são as esquisitices que transformam o normal em algo mais digesto.
Viver e nada mais, é apenas isso que desejo e faço hoje.
sábado, 15 de novembro de 2008
Mais Um
Desde ontem uma sensação pervesa destrói o meu peito e um pouco da minha alma. Dia 13/11 um jovem, chamado Bruno, que era educando da Oi Kabum! Escola de Arte e Tecnologia foi assassinado no Nordeste de Amaralina. Atualmente esse é um dos fatos que mais se repetem no país inteiro e eu fico a me perguntar quando a máquina mortífera parará, se é que um dia isso pode acontecer.
Eu me sinto triste, indignada, indefesa e creio que todos os adjetivos que eu pusesse nesse texto não iriam descrever a dor e também o desencanto, diante de fatos que destroem a vida de pessoas inocentes, mas que levam os sonhos de famílias inteiras, de amigos, de parentes....
Quantos Brunos ainda morrerão deixando para trás sonhos de uma vida que nunca se completará? Quantas mães terão que enterrar os seus filhos só porque ele estava na "hora errada" voltando para casa? Poderia enumerar mil perguntas desse tipo, mas todas ficariam sem respostas. Sobram apenas o nosso olhar atônito diante de uma realidade que não quer se calar e que se apresenta numa velocidade tal, que é difícil até digerir os acontecimentos.
Eu estou de luto, por tanta violência gratuita e por tanto destempero em uma sociedade que não cuida de seus filhos, que mata por matar, que produz monstros assassinos, que rouba os nossos sonhos de mudar e de transformar. Hoje eu só sinto fraqueza porque o meu pensamento não me deixa imaginar que um dia tudo isso possa acabar.
O que eu espero é que os sobreviventes, dessa guerra sem fim, possam, apesar de todas as dificuldades, transformar o mundo ao seu redor, fazendo com que os seus sonhos possam um dia transformar o descaso de todos nós, que vemos a realidade como se estivéssemos diante de um telejornal.
Eu me sinto triste, indignada, indefesa e creio que todos os adjetivos que eu pusesse nesse texto não iriam descrever a dor e também o desencanto, diante de fatos que destroem a vida de pessoas inocentes, mas que levam os sonhos de famílias inteiras, de amigos, de parentes....
Quantos Brunos ainda morrerão deixando para trás sonhos de uma vida que nunca se completará? Quantas mães terão que enterrar os seus filhos só porque ele estava na "hora errada" voltando para casa? Poderia enumerar mil perguntas desse tipo, mas todas ficariam sem respostas. Sobram apenas o nosso olhar atônito diante de uma realidade que não quer se calar e que se apresenta numa velocidade tal, que é difícil até digerir os acontecimentos.
Eu estou de luto, por tanta violência gratuita e por tanto destempero em uma sociedade que não cuida de seus filhos, que mata por matar, que produz monstros assassinos, que rouba os nossos sonhos de mudar e de transformar. Hoje eu só sinto fraqueza porque o meu pensamento não me deixa imaginar que um dia tudo isso possa acabar.
O que eu espero é que os sobreviventes, dessa guerra sem fim, possam, apesar de todas as dificuldades, transformar o mundo ao seu redor, fazendo com que os seus sonhos possam um dia transformar o descaso de todos nós, que vemos a realidade como se estivéssemos diante de um telejornal.
quinta-feira, 6 de novembro de 2008
O que será o amanhã?
Acordei bem, com aquela sensação de que tudo está em seu lugar, mas não estou finalizando o dia de uma forma tranquila, me falta algo, o que será? Nos últimos meses sempre me falta algo e quase sempre eu nunca estou bem por inteiro. Acho isso estranho ou será que o que eu idealizo é estranho?
Tenho me cansado de viver idealizando porque eu não sei esperar e é essa impaciência que toma parte da minha tranquilidade. Às vezes, mas só às vezes, eu gostaria de ser mais normal, de ter gostos mais normais, de querer o que a maioria quer, acho que eu sofreria menos. Mas eu quero fazer o que eu gosto e ganhar dinheiro com isso. Eu quero me apaixonar por alguém que me entenda e que queira está comigo até os últimos dias de sua vida. Sei que assim fica difícil porque nem eu me imagino passando o resto de minha vida com a mesma pessoa, ficaria entediada, mas isso é conversa para um outro dia.
O que não me saiu do pensamento hoje é que a gente passa a vida toda imaginando o que é melhor, quais são as coisas que não podemos deixar de fazer e aí começamos a sonhar. Esses sonhos nos põe perto de pessoas que sonham a mesma coisa, ou sonham muito parecido, e por aí vai: o encontro e o desencontro com a raça humana.
O que eu gostaria era de ser como a maioria, mesmo sabendo que parte do sabor de minha vida estaria perdido. Onde ficariam as noites vividas até a última gota? Onde estariam todas as pessoas que um dia passaram por mim e não mais as encontrarei? E todos os dias vividos intensamente, onde eu os colocaria?
Será que eu sofreria menos ou mais? Ainda não sei. Como palpite, eu acho que se eu seguisse a maioria eu seria sem graça e seca, porque a maioria é assim. E eu não gosto da idéia de ser uma mulher sem graça e seca.
Tenho me cansado de viver idealizando porque eu não sei esperar e é essa impaciência que toma parte da minha tranquilidade. Às vezes, mas só às vezes, eu gostaria de ser mais normal, de ter gostos mais normais, de querer o que a maioria quer, acho que eu sofreria menos. Mas eu quero fazer o que eu gosto e ganhar dinheiro com isso. Eu quero me apaixonar por alguém que me entenda e que queira está comigo até os últimos dias de sua vida. Sei que assim fica difícil porque nem eu me imagino passando o resto de minha vida com a mesma pessoa, ficaria entediada, mas isso é conversa para um outro dia.
O que não me saiu do pensamento hoje é que a gente passa a vida toda imaginando o que é melhor, quais são as coisas que não podemos deixar de fazer e aí começamos a sonhar. Esses sonhos nos põe perto de pessoas que sonham a mesma coisa, ou sonham muito parecido, e por aí vai: o encontro e o desencontro com a raça humana.
O que eu gostaria era de ser como a maioria, mesmo sabendo que parte do sabor de minha vida estaria perdido. Onde ficariam as noites vividas até a última gota? Onde estariam todas as pessoas que um dia passaram por mim e não mais as encontrarei? E todos os dias vividos intensamente, onde eu os colocaria?
Será que eu sofreria menos ou mais? Ainda não sei. Como palpite, eu acho que se eu seguisse a maioria eu seria sem graça e seca, porque a maioria é assim. E eu não gosto da idéia de ser uma mulher sem graça e seca.
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
Trabalho
Nos últimos tempos tenho me questionado muito sobre o que significa o trabalho em nossas vidas. Eu sempre prezei trabalhar com o que gosto, com o que me faz feliz, com o que eu terei os resultados que quero. Desde a semana passada tenho observado nas ruas a forma como as pessoas trabalham. Me ponho a pensar se elas estão felizes, se estão de mau humor, se os olhos ainda brilham ao exercerem o ofício...
Todos esses pensamentos surgem porque no momento atual o trabalho me domina. Todos os meus pensamentos e sonhos se concentram no que "eu desejo ser quando crescer". E eu não consigo enxergar trabalho sem ter prazer ao mesmo tempo.
Li uma matéria que dizia que o prazer é o lema da geração atual. Não consiguimos viver sem ter prazer e sem ter pressa para que tudo se resolva logo. Não temos mais tempo para pensar na vida, planejar e simplesmente esperar. O que foge ao nosso controle é visto como fracasso e numa geração que busca o sucesso, o fracasso é um passo mortal.
Hoje passei pela porta do antigo prédio que morei e lá estava o porteiro que há pelos menos 14 anos trabalha lá. Com a mesma felicidade, a mesma disposição, o mesmo brilho no olhar. Daí eu volto a pensar em mim, o que está faltando? Será que é necessário depositar todas as fichas da felicidade na profissão? E em quanto tempo se consegue sucesso?
Questionamentos e mais questionamentos. Mas hoje ao ver Teon, me toquei que a simplicidade e o ato de saber viver cada dia nos faz aceitar a nossa função. Não adianta estarmos no melhor trabalho do mundo, se dentro de nós existe apenas a busca pela felicidade e pelo prazer. Trabalhar significa amadurecer também.
Acho que amanhã terei mais gás para encarar mais um dia de trabalho, torcendo para que as mudanças, que tanto almejo, aconteçam, mas não de forma tão rápida e fugaz para que o efeito dessas mudanças se prologuem no meu ser.
Todos esses pensamentos surgem porque no momento atual o trabalho me domina. Todos os meus pensamentos e sonhos se concentram no que "eu desejo ser quando crescer". E eu não consigo enxergar trabalho sem ter prazer ao mesmo tempo.
Li uma matéria que dizia que o prazer é o lema da geração atual. Não consiguimos viver sem ter prazer e sem ter pressa para que tudo se resolva logo. Não temos mais tempo para pensar na vida, planejar e simplesmente esperar. O que foge ao nosso controle é visto como fracasso e numa geração que busca o sucesso, o fracasso é um passo mortal.
Hoje passei pela porta do antigo prédio que morei e lá estava o porteiro que há pelos menos 14 anos trabalha lá. Com a mesma felicidade, a mesma disposição, o mesmo brilho no olhar. Daí eu volto a pensar em mim, o que está faltando? Será que é necessário depositar todas as fichas da felicidade na profissão? E em quanto tempo se consegue sucesso?
Questionamentos e mais questionamentos. Mas hoje ao ver Teon, me toquei que a simplicidade e o ato de saber viver cada dia nos faz aceitar a nossa função. Não adianta estarmos no melhor trabalho do mundo, se dentro de nós existe apenas a busca pela felicidade e pelo prazer. Trabalhar significa amadurecer também.
Acho que amanhã terei mais gás para encarar mais um dia de trabalho, torcendo para que as mudanças, que tanto almejo, aconteçam, mas não de forma tão rápida e fugaz para que o efeito dessas mudanças se prologuem no meu ser.
domingo, 12 de outubro de 2008
Hoje é domingo
Hoje é domingo. Acho interessante o domingo ter fama de ser um dia chato, sem graça, que faz as pessoas que estão sozinhas se sentirem carentes, que faz a gente pensar e repensar na vida.
Desde ontem tenho sonhado com pessoas que no momento estão distantes. Sonhei essa noite com amigos que há muito não vejo e com pessoas não tão próximas assim. Acordei com uma sensação boa e de saudade.
Inciei o meu domingo com conversas ao telefone, coisa que eu gosto muito, e falei tanta coisa hoje que quase esgotei os assuntos para o resto do dia. E me lembrei durante as conversas desses sonhos que tive. Parece que a qualquer momento algo acontecerá. Ou será o desejo de que algo aconteça a qualquer momento?
O domingo de hoje me faz querer fazer muitas coisas ao mesmo tempo. Me faz querer ir embora para um lugar que eu não sei qual é. Sempre tenho esses desejos, de sumir, de ir embora, desde criança, e não sei de onde vem, e o porque sentir isso de tempos em tempos.
Independente de ser domingo, hoje é um dia que tudo ainda estar em aberto.
Desde ontem tenho sonhado com pessoas que no momento estão distantes. Sonhei essa noite com amigos que há muito não vejo e com pessoas não tão próximas assim. Acordei com uma sensação boa e de saudade.
Inciei o meu domingo com conversas ao telefone, coisa que eu gosto muito, e falei tanta coisa hoje que quase esgotei os assuntos para o resto do dia. E me lembrei durante as conversas desses sonhos que tive. Parece que a qualquer momento algo acontecerá. Ou será o desejo de que algo aconteça a qualquer momento?
O domingo de hoje me faz querer fazer muitas coisas ao mesmo tempo. Me faz querer ir embora para um lugar que eu não sei qual é. Sempre tenho esses desejos, de sumir, de ir embora, desde criança, e não sei de onde vem, e o porque sentir isso de tempos em tempos.
Independente de ser domingo, hoje é um dia que tudo ainda estar em aberto.
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
Encomenda
Encomendei um texto para você, um texto para te dizer tudo o que a minha boca não consegue com palavras.
Para te dizer que sinto saudade, muita saudade, uma saudade que é do tamanho do mundo inteiro.
Para te dizer que gosto ainda, gosto muito, gosto tanto que às vezes penso que isso nunca vai parar.
Para te dizer que acho uma pena todos esses dias distantes, sem notícias, sem você.
Para te dizer que de todos os homens do mundo é com você que eu gostaria de estar.
Para te dizer também que um dia tudo isso vai passar e as lembranças ficarão.
Bonitas lembranças, feias lembranças. Sensações diversas que moram aqui dentro de mim e que fazem parte do que eu sinto por você.
Sentimento que parece não ter fim, que está adormecido mas com vontade de crescer e me dominar outra vez.
E aí eu penso que é besteira não sentir, prender o meu coração de saber do que a paixão de fato é capaz: capaz de matar, de tirar a razão, de destruir mas de renovar, de enfeitar, de visualizar um mundo diferente.
E o que será de nós? Só vivendo para saber que nada será, porque o tempo transforma tudo em pó.
Para te dizer que sinto saudade, muita saudade, uma saudade que é do tamanho do mundo inteiro.
Para te dizer que gosto ainda, gosto muito, gosto tanto que às vezes penso que isso nunca vai parar.
Para te dizer que acho uma pena todos esses dias distantes, sem notícias, sem você.
Para te dizer que de todos os homens do mundo é com você que eu gostaria de estar.
Para te dizer também que um dia tudo isso vai passar e as lembranças ficarão.
Bonitas lembranças, feias lembranças. Sensações diversas que moram aqui dentro de mim e que fazem parte do que eu sinto por você.
Sentimento que parece não ter fim, que está adormecido mas com vontade de crescer e me dominar outra vez.
E aí eu penso que é besteira não sentir, prender o meu coração de saber do que a paixão de fato é capaz: capaz de matar, de tirar a razão, de destruir mas de renovar, de enfeitar, de visualizar um mundo diferente.
E o que será de nós? Só vivendo para saber que nada será, porque o tempo transforma tudo em pó.
Detalhes
Tenho vivido dias leves e diferentes. Sinto que novas emoções, sentimentos, percepções tomam conta de mim. Estou naquele momento em que se sente a vibração da novidade se aproximando e invadindo a nossa vida.
Tudo o que sonho, desejo e quero se apresenta mais claro nesse momento. Nasce uma certeza de que o mundo se move para me atender, quanta pretensão, mas a sensação é essa mesmo. Sinto que tudo se move para que os meus sonhos se realizem.
Nesses momentos me lembro de todos os momentos em que me vi desesperada por coisas que agora se mostram tão claras, tão vivas. Assim como as apostas outrora realizadas já não valem mais, algumas viraram pó, outras perderam a importância no meio do processo. O que ficou é o que pode ser modificado, mexido, o que está aberto a mudança, a evolução.
Sinto-me feliz. Fecho os olhos e consigo visualizar o mundo que desejo para mim e o que antes era medo, feio, agora se mostra belo e claro. Os dias se tornam mais rápidos, mais dinâmicos, com mais cores, refletindo a vida que clama por mais vida, por mais força, por mais desejo.
E fica a vontade de que esses dias não passem nunca porque como é bom viver de forma leve, plena, bela...
Tudo o que sonho, desejo e quero se apresenta mais claro nesse momento. Nasce uma certeza de que o mundo se move para me atender, quanta pretensão, mas a sensação é essa mesmo. Sinto que tudo se move para que os meus sonhos se realizem.
Nesses momentos me lembro de todos os momentos em que me vi desesperada por coisas que agora se mostram tão claras, tão vivas. Assim como as apostas outrora realizadas já não valem mais, algumas viraram pó, outras perderam a importância no meio do processo. O que ficou é o que pode ser modificado, mexido, o que está aberto a mudança, a evolução.
Sinto-me feliz. Fecho os olhos e consigo visualizar o mundo que desejo para mim e o que antes era medo, feio, agora se mostra belo e claro. Os dias se tornam mais rápidos, mais dinâmicos, com mais cores, refletindo a vida que clama por mais vida, por mais força, por mais desejo.
E fica a vontade de que esses dias não passem nunca porque como é bom viver de forma leve, plena, bela...
domingo, 28 de setembro de 2008
Mudança
Saí com umas amigas hoje e agora me ponho a pensar em mudança. Engraçado você ver a mudança na vida das pessoas e aí eu me pergunto se eu também estou mudada. A convivência diária não nos deixa perceber as mudanças, sejam elas grandes ou pequenas. É mais fácil perceber que uma mulher grávida ou que vai se casar terá uma mudança significativa em sua vida.
Mas o que dizer de mim? Fiquei vendo minhas fotos de quase 10 anos atrás, falando coisas do passado e não sei se existe uma mudança assim tão evidente, a não ser os quilinhos a mais ganhos com o tempo....
Sei que mudei, não algo perceptível aos olhos dos de fora, como a barriga de uma grávida. Mudei internamente. Hoje sei que sou um ser humano mais calmo porém ainda muito ansioso. Mais confiante mas ainda muito indecisa. Com mais sonhos possíveis e com saudade dos sonhos impossíveis. Mais preocupada com o futuro, sem lembrar muito do passado e vivendo mais controladamente o presente.
Sinto saudade da época em que ainda não havia mudado. Quando o tempo presente era tão importante que apenas o dia de hoje valia a pena viver, o futuro era um lugar distante a ser contemplado. É engraçado mudar, amadurecer. Imediatamente o corpo e alma se sentem presos ao passado mas exige que o novo se endureça no presente.
E nesse exato momento eu tento advinhar o que acontecerá nos próximos 10 anos. Tenho curiosidade de saber se terei a vida que planejo hoje. Talvez não a planejada seja a melhor para ser vivida. O que muito se planeja não dá liberdade para se aceitar o que ficou escondido, no fundo da alma, pedindo um dia para sair, como um pássaro preso numa gaiola.
Quanto mais vivo mais sinto que a mudança chega quando menos imaginamos. Pode ser que ela me visite amanhã.....
Mas o que dizer de mim? Fiquei vendo minhas fotos de quase 10 anos atrás, falando coisas do passado e não sei se existe uma mudança assim tão evidente, a não ser os quilinhos a mais ganhos com o tempo....
Sei que mudei, não algo perceptível aos olhos dos de fora, como a barriga de uma grávida. Mudei internamente. Hoje sei que sou um ser humano mais calmo porém ainda muito ansioso. Mais confiante mas ainda muito indecisa. Com mais sonhos possíveis e com saudade dos sonhos impossíveis. Mais preocupada com o futuro, sem lembrar muito do passado e vivendo mais controladamente o presente.
Sinto saudade da época em que ainda não havia mudado. Quando o tempo presente era tão importante que apenas o dia de hoje valia a pena viver, o futuro era um lugar distante a ser contemplado. É engraçado mudar, amadurecer. Imediatamente o corpo e alma se sentem presos ao passado mas exige que o novo se endureça no presente.
E nesse exato momento eu tento advinhar o que acontecerá nos próximos 10 anos. Tenho curiosidade de saber se terei a vida que planejo hoje. Talvez não a planejada seja a melhor para ser vivida. O que muito se planeja não dá liberdade para se aceitar o que ficou escondido, no fundo da alma, pedindo um dia para sair, como um pássaro preso numa gaiola.
Quanto mais vivo mais sinto que a mudança chega quando menos imaginamos. Pode ser que ela me visite amanhã.....
terça-feira, 23 de setembro de 2008
Sensação de pré-explosão
Às vezes tento me manter equilibrada e distante das coisas que não gosto, assim como das pessoas, mas invariavelmente devo admitir que é díficil. Hoje eu já acordei com a sensação de que eu era uma bomba, prestes a explodir a qualquer momento e assim fiquei até o findar da tarde, quando tive o prazer de conversar com uma amiga pelo msn.
Conversamos sobre as coisas da vida, sobre ansiedade, sobre mudança, sobre novos planos. Me animei porque por um tempo eu me esqueci do que apenas quero e passei a sonhar. Sonhar com o que eu quero. Sonhar em ter o emprego tal, morar na cidade tal, viajar para o lugar tal.....E a partir de hoje deixarei de querer e passarei a sonhar.
Acho que foi isso que me faltou no último ano. Faltou-me a capacidade de sonhar, de colocar cores aonde não existe, de pensar diferente, de enxergar o que os meus olhos ainda não vêem. Sinto que a partir de hoje tudo será diferente, mesmo que seja só por essa noite.
Então, deixarei de querer um emprego novo, porque de tanto querer o velho parece que está grudado em mim com super bonder. Deixarei de querer fazer planos para as mudanças necessárias e urgentes. Deixarei de querer aquela pessoa que não me sai do pensamento.
A partir de hoje vou sonhar, apenas sonhar...e AGIR!
Conversamos sobre as coisas da vida, sobre ansiedade, sobre mudança, sobre novos planos. Me animei porque por um tempo eu me esqueci do que apenas quero e passei a sonhar. Sonhar com o que eu quero. Sonhar em ter o emprego tal, morar na cidade tal, viajar para o lugar tal.....E a partir de hoje deixarei de querer e passarei a sonhar.
Acho que foi isso que me faltou no último ano. Faltou-me a capacidade de sonhar, de colocar cores aonde não existe, de pensar diferente, de enxergar o que os meus olhos ainda não vêem. Sinto que a partir de hoje tudo será diferente, mesmo que seja só por essa noite.
Então, deixarei de querer um emprego novo, porque de tanto querer o velho parece que está grudado em mim com super bonder. Deixarei de querer fazer planos para as mudanças necessárias e urgentes. Deixarei de querer aquela pessoa que não me sai do pensamento.
A partir de hoje vou sonhar, apenas sonhar...e AGIR!
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
Sábado me aconteceu um fato engraçado, aliás esse tipo de coisa sempre me acontece. Fui com uns amigos para o bota dentro de uma amiga que chegou de Buenos Aires. Para a noite existia um "comprimisso" já firmado de ir para a Zauber com os mesmos amigos e mais alguns outros que encontraríamos lá. Por volta das quase 18h, uma amiga começou a me dizer que já tínhamos que ir, que eu nunca quero ir embora dos lugares (admito), que preciso ter limites (não sei) e que tínhamos um "compromisso" logo mais tarde.
Eu me retei. De fato nunca gostei de ser cobrada, de ter compromissos, de ter que parar algo que estou gostando para dar o tempo de ir para outro lugar. Não sei fazer isso! Diversas vezes eu falo que o meu tempo é diferente do das outras pessoas, e de fato o tempo de cada um de nós é diferente. Em determinadas vezes, eu já pensei em não marcar mais nada com ninguém, não é que eu seja enrolada, é que eu mudo rápido. Posso sair de casa com a pretensão de voltar antes da meia noite e só retornar no outro dia, ou então imaginar que só voltarei no outro dia e 15 minutos depois está em casa.
Dizem-me que tenho síndrome de Gabriela ("eu nasci assim..."). Eu, particularmente não acho, o que sei é que não tenho destino e que ele é feito a cada segundo. Explico, mas não me entendem. Por que que as pessoas tem mania de querer mudar os outros? Por que precisamos estar sempre em grupo? Por que não se pode andar sozinhas? Por que não se pode pensar diferente?
As pessoas sempre me dizem que preciso mudar, que preciso gostar de homens de tal tipo, sair para tal lugar, usar roupas mais sexys, usar roupas mais comportadas, enfim, e aí eu me pergunto: e eu? O que eu penso, o que quero, o que planejo para mim, de nada vale? Será que terei que mudar toda a minha vida para me adequar ao ritmo dos outros? Será que terei que estar aonde todo mundo está para ser mais feliz, menos sozinha, mais popular? Sei que as respostas são não, mas o interessante é que tem sempre alguém no mundo que quer mudar você.
Todo mundo tem as fórmulas certas para a vida dos outros e se esquece de que a sua transcorre em tempo igual.
Eu me retei. De fato nunca gostei de ser cobrada, de ter compromissos, de ter que parar algo que estou gostando para dar o tempo de ir para outro lugar. Não sei fazer isso! Diversas vezes eu falo que o meu tempo é diferente do das outras pessoas, e de fato o tempo de cada um de nós é diferente. Em determinadas vezes, eu já pensei em não marcar mais nada com ninguém, não é que eu seja enrolada, é que eu mudo rápido. Posso sair de casa com a pretensão de voltar antes da meia noite e só retornar no outro dia, ou então imaginar que só voltarei no outro dia e 15 minutos depois está em casa.
Dizem-me que tenho síndrome de Gabriela ("eu nasci assim..."). Eu, particularmente não acho, o que sei é que não tenho destino e que ele é feito a cada segundo. Explico, mas não me entendem. Por que que as pessoas tem mania de querer mudar os outros? Por que precisamos estar sempre em grupo? Por que não se pode andar sozinhas? Por que não se pode pensar diferente?
As pessoas sempre me dizem que preciso mudar, que preciso gostar de homens de tal tipo, sair para tal lugar, usar roupas mais sexys, usar roupas mais comportadas, enfim, e aí eu me pergunto: e eu? O que eu penso, o que quero, o que planejo para mim, de nada vale? Será que terei que mudar toda a minha vida para me adequar ao ritmo dos outros? Será que terei que estar aonde todo mundo está para ser mais feliz, menos sozinha, mais popular? Sei que as respostas são não, mas o interessante é que tem sempre alguém no mundo que quer mudar você.
Todo mundo tem as fórmulas certas para a vida dos outros e se esquece de que a sua transcorre em tempo igual.
Milhões de Lados
Hoje estive pensando na vida. Pensei na "vida como ela é", como ela se apresenta para nós. Pensei nos meus planos, no que um dia foram planos, nos planos que se realizaram, nos planos que viraram pó e naquelas que morreram antes de nascer. Enfim, pensei em uma infinidade de coisas.
Constatei que a gente tenta tomar os rumos dessa viagem, mas é a viagem que doma a gente. Ou será que sou eu que me deixo domar? Bem, ao certo não sei. O que eu sei é que os momentos mais felizes são os não programados. Percebi que um dia, ou alguns vários dias, eu já me senti a mais feliz das criaturas e em outros a mais infeliz, a mais maléfica, a mais boazinha....
É que para tudo sempre existem milhões de lados e a percepção do que é certo ou errado depende de que lado você está e de que lado se quer está no momento. Simples assim, ou seria complicado assim?
A complexidade da vida está justamente nos momentos mais simples porque ela é simplicidade. Pense em quantas vezes você imaginou dominá-la? Fez planos, projetos, passou dias e noites matutando o que deveria fazer e no final tudo se encaixou? Nem sempre seguindo a complexa ordem de que os caminhos necessitam ser decifrados antes que se chegue ao caminho.
Não sei se me fiz entender, mas posso afirmar que o meu desejo hoje é por mais vida, bem vivida, por mais uns 70 anos!
Constatei que a gente tenta tomar os rumos dessa viagem, mas é a viagem que doma a gente. Ou será que sou eu que me deixo domar? Bem, ao certo não sei. O que eu sei é que os momentos mais felizes são os não programados. Percebi que um dia, ou alguns vários dias, eu já me senti a mais feliz das criaturas e em outros a mais infeliz, a mais maléfica, a mais boazinha....
É que para tudo sempre existem milhões de lados e a percepção do que é certo ou errado depende de que lado você está e de que lado se quer está no momento. Simples assim, ou seria complicado assim?
A complexidade da vida está justamente nos momentos mais simples porque ela é simplicidade. Pense em quantas vezes você imaginou dominá-la? Fez planos, projetos, passou dias e noites matutando o que deveria fazer e no final tudo se encaixou? Nem sempre seguindo a complexa ordem de que os caminhos necessitam ser decifrados antes que se chegue ao caminho.
Não sei se me fiz entender, mas posso afirmar que o meu desejo hoje é por mais vida, bem vivida, por mais uns 70 anos!
quarta-feira, 20 de agosto de 2008
Coisas da Vida!
Desejo de que as coisas aconteçam.
Desejo de ter tudo o que eu quero.
E quanta coisa eu quero, muita mesmo, quase o mundo inteiro.
Às vezes eu me pergunto se é necessário querer tanto para ser feliz.
E o que de fato é a felicidade?
Perguntas que estão na minha mente, sem resposta.
Às vezes me sinto feliz em apenas acordar, ver as pessoas na rua, comprar alguma besteirinha...
Às vezes me parece que tudo está distante e que será necessário esforços cada vez maiores para se alcançar a tal Felicidade.
Tão simples, tão complexo, tão lento, tão rápido....
Felicidade, Felicidade, Felicidade: talvez no mundo não existe algo que seja mais almejado, festejado e desejado.
Mas a pergunta continua: O que de fato é a felicidade?
Desejo de ter tudo o que eu quero.
E quanta coisa eu quero, muita mesmo, quase o mundo inteiro.
Às vezes eu me pergunto se é necessário querer tanto para ser feliz.
E o que de fato é a felicidade?
Perguntas que estão na minha mente, sem resposta.
Às vezes me sinto feliz em apenas acordar, ver as pessoas na rua, comprar alguma besteirinha...
Às vezes me parece que tudo está distante e que será necessário esforços cada vez maiores para se alcançar a tal Felicidade.
Tão simples, tão complexo, tão lento, tão rápido....
Felicidade, Felicidade, Felicidade: talvez no mundo não existe algo que seja mais almejado, festejado e desejado.
Mas a pergunta continua: O que de fato é a felicidade?
terça-feira, 12 de agosto de 2008
Férias
Tirei férias de mim, de meus pensamentos, de minhas angústias e insatisfações.
Tirei férias para encontrar um outro lado que vive de forma leve.
Vive sem pressa, sem dor, sem ansiedade, sem lamúrias.
Agora já não me recordo dos dias longos, estressantes, angustiantes.
Não me lembro mais das lágrimas derramadas em vão.
Já não me lembro de querer mais e mais.
A única coisa que quero agora é não pensar em mais nada.
Deixar a vida me levar. Só não sei se consigo porque não sei esperar o tempo das coisas, eu gosto de fazer o meu próprio tempo.
Meus dias agora estão mais leves, mais belos...
Férias: palavra doce e que reserva esperança!
Esperança de dias melhores...
Tirei férias para encontrar um outro lado que vive de forma leve.
Vive sem pressa, sem dor, sem ansiedade, sem lamúrias.
Agora já não me recordo dos dias longos, estressantes, angustiantes.
Não me lembro mais das lágrimas derramadas em vão.
Já não me lembro de querer mais e mais.
A única coisa que quero agora é não pensar em mais nada.
Deixar a vida me levar. Só não sei se consigo porque não sei esperar o tempo das coisas, eu gosto de fazer o meu próprio tempo.
Meus dias agora estão mais leves, mais belos...
Férias: palavra doce e que reserva esperança!
Esperança de dias melhores...
segunda-feira, 28 de julho de 2008
Devagar
Tem dias que o tempo passa mais devagar.
Devagar como se nada mais fosse acontecer.
Devagar como se a vida não tivesse pressa de correr.
Devagar como se tudo estivesse escrito e a própria vida resolvesse parar.
Devagar com um tom de sem graça no ar.
Devagar com tempo livre para gastar.
Devagar sem planos no ar.
Devagar sem sonhos para pensar.
Devagar sem sede de vida.
D-E-V-A-G-A-R
Devagar como se nada mais fosse acontecer.
Devagar como se a vida não tivesse pressa de correr.
Devagar como se tudo estivesse escrito e a própria vida resolvesse parar.
Devagar com um tom de sem graça no ar.
Devagar com tempo livre para gastar.
Devagar sem planos no ar.
Devagar sem sonhos para pensar.
Devagar sem sede de vida.
D-E-V-A-G-A-R
terça-feira, 17 de junho de 2008
Cenas Codianas e Corriqueiras.
A primeira cena do dia que eu vi foi um assalto à mão armada. Na hora só deu tempo de correr e sentir pena da pessoa que estava sendo assaltada. Essa é mais uma cena comum e corriqueira que acontece todos os dias em Salvador.
Acabei de ler um texto que Lázaro Ramos escreveu para o Jornal A Tarde (“Toque de Recolher, Medo e Indignação”) e fiquei me perguntando as mesmas coisas que ele, aliás essas perguntas sempre me acompanham. Aonde tudo isso vai parar? Será necessário morrer mais quantos seres humanos para algo ser feito? O que leva um homem a matar, roubar e cometer atos cruéis contra outros seres humanos?
São perguntas e situações tão corriqueiras que, às vezes, só nos atentamos quando acontece algo muito próximo a nós, com nossos amigos, nossa família, com um colega de trabalho, etc.
Eu me sinto triste e às vezes sem forças. Triste por andar nas ruas e ver pessoas comendo lixo, crianças descalças na sinaleira usando drogas, roubando, fazendo malabares, mas sei que essas cenas hoje são banais, isso chocava mais na década de 80. O mais chocante agora é saber que crianças empunham armas, fazem parte do crime organizado, é ouvir depoimentos de crianças com 10 anos dizendo que matam, e ver que para eles isso é banal. Preocupo-me com os próximos anos. O que será banal? O que vai nos assustar? O que vai fazer a mídia parar por dias e dias a fio a documentar, a analisar, a achar culpados? Eu não me ouso nem a imaginar porque sei que do jeito que as coisas estão indo, boa coisa não será.
É uma visão pessimista, mas sou uma pessoa que me esforço para ver o lado bom das coisas, das pessoas, das situações, e a violência - urbana, social, cultural, educacional - não é mais questão de lado bom ou ruim, é questão de ação e de uma ação coletiva. Sem querer ser panfletária, é necessário que cada brasileiro, baiano, soteropolitano faça a sua parte e não apenas se tranque em casa ou pense que a chacina que acontece em Mussurunga, Calabar, Bairro da Paz, Nordeste de Amaralina, Santa Cruz...não acontecerá na Barra, na Pituba, na Graça...sinto-lhe informar que pelo que tudo indica, se nada for pensando e realizado, chegará sim esse dia. E aí o que faremos? Nos trancaremos mais ainda? Morreremos de depressão? Ficaremos indignados?
É triste, é lamentável, é angustiante! Todas essas palavras resumem a atualidade brasileira e resumem também as nossas vidas. Quanto de liberdade você possui? Há quanto tempo você sai na rua tranqüilo, sem a sensação de perseguição? Há quanto tempo você pára numa sinaleira e não fecha os vidros do carro?
São indagações sem respostas porque não temos essas respostas, seguimos um movimento que é de massa e mundial. Apenas sentimos medo, angústia e depressão. Mas se cada um se conscientizar e começar a fazer o pouco que é possível, a situação vai melhorar e, quem sabe, chegará o dia em que poderemos viver em paz, o dia em que o coletivo será mais importante do que o individual. O dia em que não será mais necessário morrer por causa de um celular, morrer para que uma comunidade inteira sinta medo, dentre tantas outras situações.
São apenas indagações das cenas cotidianas e corriqueiras da cidade de Salvador.
Acabei de ler um texto que Lázaro Ramos escreveu para o Jornal A Tarde (“Toque de Recolher, Medo e Indignação”) e fiquei me perguntando as mesmas coisas que ele, aliás essas perguntas sempre me acompanham. Aonde tudo isso vai parar? Será necessário morrer mais quantos seres humanos para algo ser feito? O que leva um homem a matar, roubar e cometer atos cruéis contra outros seres humanos?
São perguntas e situações tão corriqueiras que, às vezes, só nos atentamos quando acontece algo muito próximo a nós, com nossos amigos, nossa família, com um colega de trabalho, etc.
Eu me sinto triste e às vezes sem forças. Triste por andar nas ruas e ver pessoas comendo lixo, crianças descalças na sinaleira usando drogas, roubando, fazendo malabares, mas sei que essas cenas hoje são banais, isso chocava mais na década de 80. O mais chocante agora é saber que crianças empunham armas, fazem parte do crime organizado, é ouvir depoimentos de crianças com 10 anos dizendo que matam, e ver que para eles isso é banal. Preocupo-me com os próximos anos. O que será banal? O que vai nos assustar? O que vai fazer a mídia parar por dias e dias a fio a documentar, a analisar, a achar culpados? Eu não me ouso nem a imaginar porque sei que do jeito que as coisas estão indo, boa coisa não será.
É uma visão pessimista, mas sou uma pessoa que me esforço para ver o lado bom das coisas, das pessoas, das situações, e a violência - urbana, social, cultural, educacional - não é mais questão de lado bom ou ruim, é questão de ação e de uma ação coletiva. Sem querer ser panfletária, é necessário que cada brasileiro, baiano, soteropolitano faça a sua parte e não apenas se tranque em casa ou pense que a chacina que acontece em Mussurunga, Calabar, Bairro da Paz, Nordeste de Amaralina, Santa Cruz...não acontecerá na Barra, na Pituba, na Graça...sinto-lhe informar que pelo que tudo indica, se nada for pensando e realizado, chegará sim esse dia. E aí o que faremos? Nos trancaremos mais ainda? Morreremos de depressão? Ficaremos indignados?
É triste, é lamentável, é angustiante! Todas essas palavras resumem a atualidade brasileira e resumem também as nossas vidas. Quanto de liberdade você possui? Há quanto tempo você sai na rua tranqüilo, sem a sensação de perseguição? Há quanto tempo você pára numa sinaleira e não fecha os vidros do carro?
São indagações sem respostas porque não temos essas respostas, seguimos um movimento que é de massa e mundial. Apenas sentimos medo, angústia e depressão. Mas se cada um se conscientizar e começar a fazer o pouco que é possível, a situação vai melhorar e, quem sabe, chegará o dia em que poderemos viver em paz, o dia em que o coletivo será mais importante do que o individual. O dia em que não será mais necessário morrer por causa de um celular, morrer para que uma comunidade inteira sinta medo, dentre tantas outras situações.
São apenas indagações das cenas cotidianas e corriqueiras da cidade de Salvador.
quarta-feira, 11 de junho de 2008
É Hoje o Dia!
É hoje o dia de que mesmo?
Ah! São tantas as perguntas que chego a não ter mais paciência para nada responder.
Essa coisa de pensar na vida, nos homens, nos sentimentos, no que me aflige, no que eu posso fazer para melhorar o mundo, a mim mesma, isso encheu o meu saco.
Sabe o que eu quero de verdade? Liberdade!
Liberdade de ser eu mesma. De falar o que eu quero. Usar o que eu quero. Sorrir como eu quero. Ter o meu corpo assim como ele é e saber que ele é meu e me agrada e que se dane o resto.
Mas em certos momentos é praticamente impossível ser simplesmente como queremos ser, como nascemos para ser.
É difícil para mim viver em sociedade.
Tem momentos que não me sinto participando de nada.
Me sinto fora, completamente fora do sistema, fora do que é normal.
Ah! Quantas vezes me perguntei se sou normal.
E quantas vezes me cobrei ser igual as outras mulheres.
Quem sabe assim os homens me aceitariam melhor. Me pediriam em namoro, fariam juras de amor, iriam querer constituir família, ter filhos, essas coisas normais.
Nessas idas e vindas, comigo mesma, eu descobri uma menina-mulher cheia de sonhos, de vontades, de desejos, de insegurança, de força, de amor, de raiva, de alegria, de ferimentos, de sorrisos, de lágrimas, de VIDA!.
Essa mulher-menina me dá um trabalho mas me faz entender que para ser mulher e menina, menina e mulher dá trabalho mesmo.
E compreendi que não quero ser entendida e nem aceita.
Quero apenas ser eu mesma. Ser Saliha.
Ser um pouco mais bondosa comigo mesma. Ser um pouco mais leve. Mais dura. Mais flexível. Mais determinada. Mais nem aí. Ser isso tudo em uma só.
E estar feliz por ser assim, um pouquinho de cada menina e de cada mulher que abriga essa mesma pessoa.
Ah! São tantas as perguntas que chego a não ter mais paciência para nada responder.
Essa coisa de pensar na vida, nos homens, nos sentimentos, no que me aflige, no que eu posso fazer para melhorar o mundo, a mim mesma, isso encheu o meu saco.
Sabe o que eu quero de verdade? Liberdade!
Liberdade de ser eu mesma. De falar o que eu quero. Usar o que eu quero. Sorrir como eu quero. Ter o meu corpo assim como ele é e saber que ele é meu e me agrada e que se dane o resto.
Mas em certos momentos é praticamente impossível ser simplesmente como queremos ser, como nascemos para ser.
É difícil para mim viver em sociedade.
Tem momentos que não me sinto participando de nada.
Me sinto fora, completamente fora do sistema, fora do que é normal.
Ah! Quantas vezes me perguntei se sou normal.
E quantas vezes me cobrei ser igual as outras mulheres.
Quem sabe assim os homens me aceitariam melhor. Me pediriam em namoro, fariam juras de amor, iriam querer constituir família, ter filhos, essas coisas normais.
Nessas idas e vindas, comigo mesma, eu descobri uma menina-mulher cheia de sonhos, de vontades, de desejos, de insegurança, de força, de amor, de raiva, de alegria, de ferimentos, de sorrisos, de lágrimas, de VIDA!.
Essa mulher-menina me dá um trabalho mas me faz entender que para ser mulher e menina, menina e mulher dá trabalho mesmo.
E compreendi que não quero ser entendida e nem aceita.
Quero apenas ser eu mesma. Ser Saliha.
Ser um pouco mais bondosa comigo mesma. Ser um pouco mais leve. Mais dura. Mais flexível. Mais determinada. Mais nem aí. Ser isso tudo em uma só.
E estar feliz por ser assim, um pouquinho de cada menina e de cada mulher que abriga essa mesma pessoa.
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