quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Sábado me aconteceu um fato engraçado, aliás esse tipo de coisa sempre me acontece. Fui com uns amigos para o bota dentro de uma amiga que chegou de Buenos Aires. Para a noite existia um "comprimisso" já firmado de ir para a Zauber com os mesmos amigos e mais alguns outros que encontraríamos lá. Por volta das quase 18h, uma amiga começou a me dizer que já tínhamos que ir, que eu nunca quero ir embora dos lugares (admito), que preciso ter limites (não sei) e que tínhamos um "compromisso" logo mais tarde.

Eu me retei. De fato nunca gostei de ser cobrada, de ter compromissos, de ter que parar algo que estou gostando para dar o tempo de ir para outro lugar. Não sei fazer isso! Diversas vezes eu falo que o meu tempo é diferente do das outras pessoas, e de fato o tempo de cada um de nós é diferente. Em determinadas vezes, eu já pensei em não marcar mais nada com ninguém, não é que eu seja enrolada, é que eu mudo rápido. Posso sair de casa com a pretensão de voltar antes da meia noite e só retornar no outro dia, ou então imaginar que só voltarei no outro dia e 15 minutos depois está em casa.

Dizem-me que tenho síndrome de Gabriela ("eu nasci assim..."). Eu, particularmente não acho, o que sei é que não tenho destino e que ele é feito a cada segundo. Explico, mas não me entendem. Por que que as pessoas tem mania de querer mudar os outros? Por que precisamos estar sempre em grupo? Por que não se pode andar sozinhas? Por que não se pode pensar diferente?

As pessoas sempre me dizem que preciso mudar, que preciso gostar de homens de tal tipo, sair para tal lugar, usar roupas mais sexys, usar roupas mais comportadas, enfim, e aí eu me pergunto: e eu? O que eu penso, o que quero, o que planejo para mim, de nada vale? Será que terei que mudar toda a minha vida para me adequar ao ritmo dos outros? Será que terei que estar aonde todo mundo está para ser mais feliz, menos sozinha, mais popular? Sei que as respostas são não, mas o interessante é que tem sempre alguém no mundo que quer mudar você.

Todo mundo tem as fórmulas certas para a vida dos outros e se esquece de que a sua transcorre em tempo igual.

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