sexta-feira, 1 de novembro de 2013

O Conforto

Depois de sete meses me dei conta que sinto, nessa nova cidade, uma sensação de conforto, que se assemelha a estar em casa. Por outro lado tem ainda todo o desconforto cultural, que sempre me lembra que eu não sou daqui e que um dia eu volto para lá.

Isso tudo veio com uma simples caminhada no fim da tarde quando me senti como se estivesse na Bahia, posso afirmar que até a brisa do mar tocou o meu rosto. E continuei a caminhada pensando que esse conforto nasceu aos poucos e não me avisou, ele foi se mostrando e hoje se revelou por completo.

Por um lado meu coração se encheu de felicidade por saber que é possível se adaptar em qualquer outro lugar, usando uma boa dose de paciência e perseverança. E outro lado ficou meio cabisbaixo, talvez pelo medo do abando da Bahia, que eu penso ser impossível.

Tudo isso para mim é muito gratificante porque os primeiros meses não foram fáceis. Não foi rápido trazer toda a minha leveza e felicidade para cá. Assim como caminhar despreocupadamente pelas ruas, olhar as pessoas. Foi um processo gradual, sofrido, divertido e vivido com muito amor.

Hoje eu me sinto grata pela vida que possuo, por tudo o que já vivi e pelo que vivo hoje. Nada substitui a felicidade de estar confortável no mundo, de fazer de qualquer lugar a sua casa. Acho que aos poucos eu consigo entender um pouco da magia da vida, do universo, do mundo.

Que os novos ventos com cheiro de brisa do mar da Bahia continuem soprando.....

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