sexta-feira, 1 de novembro de 2013


O amanhecer chuvoso trouxe consigo alegria, mas no fim da manhã uma dose de melancolia e de muitas perguntas.
Eu só penso na inevitabilidade da vida, nas surpresas, no inesperado, no que não está em ordem e a partir disso eu sinto a necessidade de me organizar.
Penso que preciso mudar tantas coisas, viver outras mais e dentro de mim um turbilhão de sentimentos, de promessas e de desejos coexistem.  E fora de mim todas as formas de ação se articulam para fazer a diferença.
É bom quando a vida te sacode e te questiona, isso ativa todas as áreas do corpo e da alma em busca de respostas, mas o que sinto é que não existem respostas prontas a minha espera; existe a espera e o caminho.
Eu não sei se esse caminho é longo ou pequeno, se tem pedras e espinhos ou se está rodeado de flores, árvores e cachoeiras... O que sinto é a necessidade de caminhar, às vezes muito lento, às vezes muito rápido, às vezes sem disposição e às vezes com toda a disposição do mundo.
No fundo eu sei que tudo isso me diz que estou viva, e não só porque respiro, mas porque tenho em mim vida e brilho nos olhos, e isso já são ferramentas suficientes para se viver uma vida mais feliz.
Nesse caminho de desejos e sonhos, eu só desejo não sair imune, ou seja, que ao final eu possa me olhar, olhar a vida que vivi e me dizer que tudo valeu a pena, do sofrimento a alegria sem fim.
A intensidade é o que uso para viver porque assim nasci, assim aprendi. Não é que o pouco não me basta, mas me causa falta.

E não desejo viver com falta, a busca é pela abundância.

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