No momento da mais pura felicidade eis que surge a despedida: do lugar, das pessoas, das vivências, das promessas, da rotina, dos hábitos, da casa, do escritório e nesse momento os olhos se enchem de lágrimas, mesmo com o peito repleto de felicidade, de promessa de melhores dias, de sonhos a se realizar, mesmo assim as lágrimas caem.
Ainda com lágrimas nos olhos me pus a pensar na coisa cíclica que é a vida. Os ciclos se abrem mas também se fecham e no viver todo o ciclo a gente se modifica, se encontra, se desencontra, se conhece, se desconhece, se relaciona com outras pessoas, põe em prática sonhos, imagina o que pode ser realizado, se prepara para uma nova vida. E na hora de encerrar um ciclo e começar outro, mesmo com a certeza de que é o melhor, o coração se aperta.
Hoje eu estou chorosa, não de tristeza, mas choro porque reconheço o quanto é difícil (e gostoso) deixar o estabelecido para seguir no novo, mesmo que esse novo já seja um conhecido. E as lágrimas de uma amiga, fizeram as minhas cair também. E só posso agradecer ao Universo por mais uma vez ter a chance de começar tudo de novo. E quando as lágrimas secarem, a novidade sorridente me estenderá a mão para a abertura de um novo ciclo.
Que venha o novo!
segunda-feira, 12 de março de 2012
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