quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Sustos

Nessa última semana tomei vários sustos, de naturezas distintas e cada um me abalou de uma forma diferente. Acredito que os sustos servem para que a gente olhe para si mesmo com um olhar mais atento, mais caridoso, mais amoroso, mais questionador.

Depois dos sustos veio um repouso forçado e aí eu fiquei pensando: "meu Deus, o que vou fazer em casa por 8 dias sem poder sair?" Achei que iria enlouquecer. Estou no terceiro dia ainda e não está tão chato assim, é claro que as horas passam mais devagar, que dá vontade de ir para o trabalho, de comer aquela torta que só vende em tal lugar, de poder sair mesmo sem se preocupar, ou seja, dá saudade da liberdade de ir e vir, sem ficar ninguém te olhando com aquela cara: "você vai sair mesmo?" "Está fumando?"

Mas os sustos servem para pensar e eu tenho pensado muito. Já chorei por algumas coisas, que eu sei que não valem a pena. Já me prometi nesse 3 dias que quando eu ficar boa tudo será diferente: menos farras, menos noites perdidas, menos bebidas, cigarro nem pensar, estudar mais, pensar mais na vida, planejar meu futuro direitinho, me dedicar a achar um homem para casar e ter filhos. Enfim, eu só quero ver quando eu puder sair, se continuarei cumprindo todas essas promessas.

Independente disso, eu sei que os sustos servem para nos sacudir e às vezes para nos despertar para dias mais doces, alegres, amorosos e com sonhos a se realizar.

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