domingo, 8 de março de 2015

Dor

Não sei explicar a origem da dor que me habita.
Talvez ela sempre esteve aqui e eu não a conhecia; só apareceria de vez em quando.
Talvez ela tenha se aproximado porque permiti, porque a convidei.
Talvez seja só o reflexo de desejos e sonhos incompletos. De ansiedade de uma alma que tem pressa.
Talvez ela nem seja real e não passe tudo de apenas imaginação.
Viver é doer também, mas não estamos preparados para senti-la e nunca a desejamos.
Doer é também amadurecer, olhar o mundo e as pessoas de outro jeito.
É ter coragem de mudar. É todo instante tentar transformar a dor em amor, em paz, em felicidade.
Doer também é estar cheio de vida e ter sonhos guardados. É não se entregar. 
Doer é conhecer aquele lado que você não admira, não gosta, mantém longe.
Viver é esse conflito de sentimentos, de estações, de vivências.
E eu sei que se pensasse e desejasse menos o mundo, a minha vida seria bem mais simples.
E hoje a dor vem justo desse desejo de ter uma vida simples.

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