E hoje eu penso que por mais que tente, estou atrelada a padrões
sociais, a questionamentos sociais, aquela velha história: O que vão pensar se
eu disser isso? O que vão pensar se eu fizer isso? E se eu exagero o que vão
dizer de mim?
E eu só gostaria de ser assim, livre, de não ser nada, de sorrir quando
sentisse vontade, de falar o que viesse a cabeça, de abraçar e beijar o que
quer que fosse.
E para ser e fazer tudo isso é mais difícil do que ser e fazer o que se
espera, o que está já aceito.
E agora o que será de mim que não aprendo? O que será de mim que sempre
repito aqueles padrões que estão à margem?
E agora José????
Eu não sei, eu só sei que sou assim...meio certa e meio errada; meio
tudo isso e meio nada; meio multidão e meio só; meio moderna e meio careta;
meio mulher e meio homem; meio e inteira porque só sendo assim eu poderia estar
completa, completa de mim mesma, completa de uma essência que não existe mais
no mundo, porque é minha e a mim foi dada de presente para que (talvez) eu
possa distribuí-la um pouco pelo mundo, deixando marcas, deixando lembranças ou
não deixando nada.
Tudo isso só reforça que a vida é construção diária, assim como a
vontade de ser só eu (meio e nada; meio e inteira; e mesmo assim intensa de
sensações, desejos e vida).
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