sexta-feira, 11 de junho de 2010

Vida

Esses dias me sinto entrando dentro de um furacão e o pior é que são situações que eu não quero viver, mas que a vida me mostra que é necessário vivenciar. Passei a semana toda pensando em quantas coisas fazemos sem vontade, apenas seguindo o ritmo da vida, do que o "destino" nos conduz, sem muitas vezes nem parar para pensar, para se questionar se é isso mesmo, se não existe mais nada a fazer, a não ser seguir o ritmo que a vida impõe.

Então eu estou me questionando, me impulsionando a dizer que eu não desejo vivenciar o que está me acontecendo, que eu não desejo carregar esse fardo, que eu não desejo levar esse peso comigo. Acredito que nesses momentos é necessário se olhar com sinceridade para saber dizer não, para poder fazer outra escolha, que não aquela já quase determinada.

Acho que para gerenciar a própria vida é preciso ter consciência do que se quer, de que tipo de vida se quer viver, de que tipo de ser humano se quer ser. Sei que muitas pessoas não compreendem, acham um ato egoísta, mas dizer não a algo não quer dizer que não irá vivenciar a situação, ajudar, compartilhar, ser companheira, quer dizer que eu serei tudo isso, sem contudo levar como sendo de minha responsabilidade. Isso significa dar limites, condicionar os caminhos, seguir o que estou traçando, me conhecer para poder saber o que eu desejo viver e o que eu não desejo.

Mas esses dias me fizeram também pensar sobre a beleza de viver, sobre a importância de valorizar até os segundos que são nos disponibilizados para viver. Para mim tem sido prazeroso reconhecer como é gostoso acordar a cada dia, viver os acontecimentos, estar disponível, estar leve. O processo é interessante porque nos surpreende. Acredito estar nesse momento apaixonada pela minha vida (talvez de uma forma muito egoísta).

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