O despertar da vida ou seria para a vida? Me indago perguntando e também querendo uma resposta.
Não sei se desperto ou se adormeço. Se sigo ou se paro.
E que tanto despertar de sonhos e desejos é esse?
Ao fechar os olhos o que passa em minha cabeça são tantas imagens que de fato não consigo adormecer.
Talvez seja o tal despertar da alma. O que antes podia ser incerteza, agora insiste em se fazer certeza, quiçá seja a arte da sobrevivência.
A vida me desperta para o vivido e para o novo e clama por mais: mais calma, mais experiência, mais querer, mais vivacidade.
E assim eu me desperto para o mundo, o mundo dos saberes já sabidos!
quarta-feira, 26 de junho de 2013
quarta-feira, 19 de junho de 2013
Saí a buscar um lugar para viver e daqui descubro que esse lugar já é tão conhecido e tão querido. Agora eu me pergunto porque ter que andar tanto para reconhecer? Talvez de lá eu não tivesse coragem de admitir; talvez não quisesse ter que ouvir tanta coisa; ter que explicar que não é loucura, que é um desejo intenso, que é o reconhecimento de um lugar que já é seu.
Daqui a saudade é grande, a vontade de estar fisicamente também, mas a certeza de que o regresso acontecerá toma conta de mim. Talvez seja necessário rodar o mundo para se parar onde desde sempre se esteve. Talvez seja importante sair de perto, ir para longe só para reconhecer que o desejo sempre esteve ali e não era uma coisa boba. Talvez eu precisasse era sair de mim para reconhecer aquilo que eu sempre soube que queria.
O bom é que esse meu lugar no mundo continuará lá me esperando e sei que na minha chegada serei recebida com a magia dos dias bem vividos...ah! Capão a saudade já não cabe em mim.
A arte da incerteza
Eu tinha uma vida programada para dar "certo" dentro dos conceitos sociais, mas estava inquieta. A inquietação me trouxe para outra terra, para outro povo e para outra cultura. A inquietação continua, mas agora tem um gosto de não se saber mais o que será o futuro. O que isso implica? Aprender a viver um dia de cada vez e esse ensinamento é gostoso, mas é duro. A dureza vem de toda uma vida feita de programações, de passos e sinto que estou saindo do passo e ensaio ainda um passo desconcertado de uma nova dança.
Essa coisa de acordar e não saber o que será, porém sentir que se está no caminho certo é desconcertante. Tirar as correias da vida e deixar ela te levar tem uma sensação de magia, de se estar caminhando em um caminho conhecido mas sem saber aonde se chegará. O meu caminho tem sido intenso, interessante e prazeroso, talvez porque deixar a programação certa, tenha as suas recompensas.
Além de se aprender a viver um dia de cada vez, tenho aprendido a ser só e não é fácil. É estranho se sentir só num mundo tão cheio. O estar só não é solidão, é se reconhecer, é saber reconhecer outros que estão na mesma energia, é fazer o que se tem vontade. Estar só é estar acompanhado de si mesmo e cheio de si. E antes de ser só, eu tinha medo.
E o medo é também um acompanhante fiel, até nos sonhos ele aparece, talvez para lembrar que tem uma vida programada à espera. Sabendo compreendê-lo, se perceberá que é um grande mestre. O medo serve também para impulsionar, para conseguir se libertar das correntes imaginárias e reais. É necessário saber olhá-lo de frente, dar aquela piscadela de olho e seguir em frente, mesmo sem saber para onde se estar indo.
Eu sigo caminhando, às vezes cambaleante, às vezes muito decidida e sem muita paciência para o tal planejamento. Vislumbrar o futuro é um jogo de apostas em algo que não sabemos o que será porque ele depende do presente. E o que eu sinto é que mesmo com a vida adulta, eu continuo sendo uma menina cheia de sonhos e inquietações, talvez seja por isso que junto com as lágrimas vem o sorriso de se acreditar na magia do desprogramado, porque é preciso acreditar que a vida é mais do que o previsto. Eu continuo acreditando e sonhando e caminhando e desejando estar no mundo.
Essa coisa de acordar e não saber o que será, porém sentir que se está no caminho certo é desconcertante. Tirar as correias da vida e deixar ela te levar tem uma sensação de magia, de se estar caminhando em um caminho conhecido mas sem saber aonde se chegará. O meu caminho tem sido intenso, interessante e prazeroso, talvez porque deixar a programação certa, tenha as suas recompensas.
Além de se aprender a viver um dia de cada vez, tenho aprendido a ser só e não é fácil. É estranho se sentir só num mundo tão cheio. O estar só não é solidão, é se reconhecer, é saber reconhecer outros que estão na mesma energia, é fazer o que se tem vontade. Estar só é estar acompanhado de si mesmo e cheio de si. E antes de ser só, eu tinha medo.
E o medo é também um acompanhante fiel, até nos sonhos ele aparece, talvez para lembrar que tem uma vida programada à espera. Sabendo compreendê-lo, se perceberá que é um grande mestre. O medo serve também para impulsionar, para conseguir se libertar das correntes imaginárias e reais. É necessário saber olhá-lo de frente, dar aquela piscadela de olho e seguir em frente, mesmo sem saber para onde se estar indo.
Eu sigo caminhando, às vezes cambaleante, às vezes muito decidida e sem muita paciência para o tal planejamento. Vislumbrar o futuro é um jogo de apostas em algo que não sabemos o que será porque ele depende do presente. E o que eu sinto é que mesmo com a vida adulta, eu continuo sendo uma menina cheia de sonhos e inquietações, talvez seja por isso que junto com as lágrimas vem o sorriso de se acreditar na magia do desprogramado, porque é preciso acreditar que a vida é mais do que o previsto. Eu continuo acreditando e sonhando e caminhando e desejando estar no mundo.
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